Semana da Cena Italiana Contemporânea – SCENA chega ao Sesc Pompeia com obras que respondem ao tempo presente

átiros, Compagnia Virgilio Sieni. Foto: Virgilio Sieni

A terceira edição da SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea acontece de 5 a 10 de dezembro, no Teatro do Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP), com apresentação de três produções italianas – inéditas no Brasil – que respondem de diferentes formas e com linguagens diversas a temas caros de nosso tempo. A mostra tem como objetivo apresentar um panorama das artes cênicas, com um enfoque na Itália de hoje. Ela se debruça em corpos, poéticas e pensamentos que habitam a cultura italiana. Desde reinterpretações dos clássicos até questionamentos sobre o presente, a cena que emerge é visceral, resistente e atenta a questões globais, que se originam e transitam pelos temas abordados.O evento é realizado em parceria entre o Sesc São Paulo e o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo.

Com curadoria de Rachel Brumana e produção da Associação SÙ de Cultura e Educação, a programação apresenta ao público brasileiro Sátiros (Satiri), da Compagnia Virgilio Sieni, O Presente Não Basta (The Present Is Not Enough), de Silvia Calderoni e Ilenia Caleo, e CA-NI-CI-NI-CA, de Greta Tommesani. “Diferentemente das outras edições, quando trouxemos trabalhos emblemáticos das companhias convidadas, estes espetáculos são recentes, criados entre 2022 e 2023, de artistas com diferentes trânsitos e reconhecimento na cena italiana e europeia”, afirma Rachel.  

Sobre os espetáculos

Os trabalhos  transitam por linguagens diversas, como a performance, a dança, o documental e a comédia, para discutir as opressões e ascensões conservadoras do mundo contemporâneo, sejam elas de cunho moral ou mesmo presentes nas relações sociais, mercantilistas ou interpessoais. Mas também abordam a possibilidade de reconhecer o outro em sua singularidade e potência. 

Sátiros (Satiri), coreografia de Virgilio Sieni, um dos coreógrafos mais renomados da Itália, desenha uma série de gestos contíguos para buscar formas de compreensão e empatia, uma espécie de democracia do corpo. Nessa dança simétrica, os bailarinos desenvolvem a capacidade de estar um ao lado do outro e de criar um contexto comum.

Já a atriz, diretora e dramaturga Greta Tommesani faz uma densa reflexão política sobre a exploração do trabalho em CA-NI-CI-NI-CA. Costurando realidade e ficção, o monólogo trata do cinismo do mercado, da obsessão pela produtividade e da autoexploração de trabalhadores e trabalhadoras, tudo aliado a uma narrativa leve, ácida e bastante cômica.

E Silvia Calderoni e Ilenia Caleo remetem a um passado não muito distante para pensar tempos mais libertários. O Presente Não Basta (The Present Is Not Enough) se baseia nas experimentações artísticas e sexuais da cena queer nova-iorquina dos anos 1970 e 1980, evidenciando um senso de comunidade e a liberdade de corpos múltiplos, sem normas.

Sobre a SCENA

A primeira edição da mostra SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo aconteceu em outubro de 2019, também no Sesc Pompeia. O evento apresentou trabalhos de companhias e artistas representativos da vanguarda do teatro e da dança na Itália: Fanny&Alexander, Alessandro Sciarroni e Marco d’Agostin, jogando luz sobre a diversidade da cena italiana e as transversalidades entre teatro, literatura, dança e circo, com um recorte que se aprofundava na temática dos afetos, da amizade e da resiliência.

Em sua segunda edição, realizada em 2022, na mesma unidade do Sesc, deu foco à produção artística feminina italiana, reunindo dramaturgas, diretoras, pensadoras e realizadoras que transitam entre a cena performativa, as artes visuais, a formação artística e acadêmica e o ativismo político e artístico, especialmente os que dizem respeito aos lugares de empoderamento das vozes femininas, protagonismo, lutas e visibilidade. Foram apresentados, nesse ano, os espetáculos: Gentil Unicórnio (Gentle Unicorn) e O Animal (L’Animale), ambos de Chiara Bersani, Tiresias, de Giorgina Pi/Bluemotion, e Curva Cega (Curva Cieca), de Muna Mussie; além de rodas de conversas após os espetáculos.

Serviço

SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo – 3ª edição

de 5 a 10 de dezembro de 2023

Ingressos: R$ 18 (credencial plena); R$ 30 (meia-entrada); 60 (inteira)

Abertura de vendas: dia 28 de novembro

Teatro do Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP
 

“UM TANTO FLOR, DJAVANEAR, UM TANTO MAR” ESTREIOU EM SÃO PAULO NO TEATRO ITÁLIA E CELEBRA A OBRA DE DJAVAN SOB O OLHAR FEMININO

O novo espetáculo, que estreiou sabado no Teatro Itália, em São Paulo, celebra a obra do cantor, compositor e músico alagoano a partir dos afetos, por meio de 40 músicas, sob as vozes e os olhares femininos. “Desde 2018, estou em busca de construir musicais que não sejam óbvios, como as biografias contadas. A ideia é homenagear a criação e, consequentemente, as obras desses artistas”, conta Barata que, para esta missão, convidou o jornalista, escritor e pesquisador musical Mauro Ferreira, UM TANTO FLOR,DJAVANEAR,UM TANTO AMOR

 Eduardo Barata  é um dos maiores conhecedores da Música Popular Brasileira e um grande amigo.” Queríamos um texto que existisse a partir das letras do Djavan. A ideia de fazer apenas com mulheres acabou sendo um reflexo da própria obra do nosso homenageado, que escreveu tantas letras dedicadas ao sexo feminino. Então, soou natural para nós que elas se apropriassem das canções”, explica o idealizador. Barata viu na diretora, escritora e coreógrafa Regina Miranda sua alma gêmea para conduzir com ele a direção do musical.
 
Plurais, as atrizes Karen Julia, Leila Maria, Mattilla, Paula Santoro e Tontom Périssé se revezam no palco nesta dramaturgia fragmentada e onírica, costurada por Mauro em parceria com Regina. “É importante que as mulheres estejam em cena não como intérpretes do discurso do homem. Se o discurso é pessoal, vai para o feminino. Se é referencial, continua no masculino. Como a nossa abordagem é em cima dos afetos, temos todos os estágios do amor dentro deste universo djavaneano, e o elenco traz muitas corporalidades. Vamos dos 17 aos 60, combatendo o etarismo. O amor está em todas as idades. Gente jovem acha que com 40 estará fora das possibilidades, mas isso é machismo estrutural”, aposta Regina Miranda, que faz questão de não esconder a idade de ninguém. “Tenho 75 anos, quase a mesma idade que Djavan, que está com 74”.
 
“A obra dele é, por vezes, muito masculina. Ouvi-la somente nas vozes de mulheres é interessante. Acho maravilhoso que seja um elenco feminino. As letras  são poéticas, falam de amor com imagens de flores, cores, mares. Isso foi um norte para a construção de toda a dramaturgia. Tem textos inspirados em letras de Djavan. São letras impregnadas de amor, paixão e desejo”, enfatiza Mauro Ferreira, que não poderia deixar de fora os grandes hits do homenageado.
 
“Flor-de-Lis”, “Açaí” e “Oceano”, naturalmente, são alguns dos spoilers do roteiro do espetáculo. “O público espera sucessos de Djavan em qualquer show ou espetáculo relacionado à sua obra. Ele surgiu para o público em 1975, mas pode ser alinhado com a geração genial de Gil, Chico, Caetano, Milton. Não por acaso, ele tem parcerias com Caetano e com Chico. Suas músicas são refinadas, têm harmonias por vezes complexas, mas, surpreendentemente, boa parte das canções dele se comunica com o público. Tanto que a obra de Djavan é recorrente em shows de bares. Todo mundo canta. Tenho orgulho de ter incluído ‘A Ilha’, música de 1980, lançada na voz do Roberto Carlos. É uma música belíssima que nem todo mundo conhece”, instiga o jornalista e escritor.
 
E para costurar todo esse oceano de hits, o diretor musical Alfredo Del Penho mergulhou na letras e nas harmonias para dar ritmo ao musical e orquestrar as vozes femininas tão variadas como as de Paula Santoro, que já tem carreira consolidada na MPB, e a de Tontom Périssé, filha de Heloísa Périssé, que faz sua estreia nos palcos. “Já cantei ao lado de grandes artistas em palco ou estúdio, entre eles, Milton Nascimento, Chico Buarque, Edu Lobo, Nana Caymmi, Guinga, Toninho Horta, Alcione, Angela RoRo, Lô Borges, Flávio Venturini, João Donato, João Bosco, Arthur Verocai e Joyce. Nunca ao lado de Djavan”, enumera Paula. Enquanto Tontom comemora a oportunidade de cantar uma de suas músicas favoritas do compositor. “Já escutava Djavan, é difícil escolher uma música, mas acho que a minha favorita é “Azul”, que por sorte estou cantando no musical.  E sobre possíveis comparações entre ela e a mãe já consagrada, Tontom avisa: “Nós somos muito diferentes. Ela faz comédia com muita facilidade, já eu não tanto. Apesar de sermos muito diferentes do jeito de atuar, eu e ela gostamos do naturalismo”.
 
Essa diversidade em cena também é valorizada por Karen Júlia. “Pra além do inegável talento desse elenco feminino de “Djavanear”, eu acredito que o potencial do espetáculo está na diversidade. Cada uma tem uma vivência diferente dentro da arte e isso vem somando à nossa troca em cena. Uma das razões de eu ser artista, é o trabalho coletivo… Eu amo estar com pessoas novas, trocar experiências, principalmente com mulheres de diferentes gerações”, diz Karen.
 
A mesma opinião também é compartilhada por Leila Maria, finalista do “The Voice Mais”, que está no elenco do espetáculo. “Esse foi um dos motivos que me incentivou a aceitar participar do que de certa forma, seria para mim um desafio! A diversidade do elenco é como um reflexo da obra do Djavan, que tem o poder de alcançar um público assim também: de diferentes origens, idades e classes sociais”, diz Leila, que tem o compositor muito presente em sua vida. “No ano passado, talvez a maior consequência de eu ter chegado à final da primeira edição do programa ‘The Voice Mais’, foi o convite feito pelo selo Biscoito Fino para gravar um CD. E esse disco, que se chama ‘Ubuntu’, tem só músicas do… Djavan!”, afirma.
 
Conhecida do público pelos espetáculos “Los Hermanos – Musical Pré-Fabricado” e “Funny Girl – A Garota Genial”, a atriz e cantora Mattilla, indicada este ano ao Prêmio Bibi Ferreira de Revelação, é responsável por alguns pontos altos do espetáculo. “É uma narrativa nada convencional, portanto, desafiadora. E eu fiquei com alguns solos importantes, como ‘Açaí’. É uma letra complexa, que muita gente tem dificuldade de entender, pois sugere muitas imagens e me tira de um lugar mais confortável, mas é ótimo experimentar. Acho que estamos construindo algo muito interessante no musical”, conta ela.
 
Além das atrizes, o cenário de Natália Lana, a luz de Luís Paulo Neném e o figurino de Luiza Marcier também são personagens importantes na engrenagem de “Djavanear”. “Eles ajudam muito a criar as ambientações. Creio que o espectador vai ser transportado para muitos lugares. Os figurinos dão um salto para fora do cotidiano. É como um sonho”, delicia-se Regina.
 

Espetáculos teatrais em formato solo terminam temporada no Teatro de Arena em São Paulo – Dica Ótima de Teatro

Últimos dias para assistir aos trabalhos da dramaturgia brasileira que abordam temas como a busca da própria voz, sonhos, relacionamentos abusivos, racismo, sexualidade, entre outros

Mostra Solos Sim. Sozinhos nunca!, que ocupa o Teatro de Arena Eugênio Kusnet, em São Paulo com os espetáculos A Monga e EuMadame e a Faca CegaYo Mujer Negra e Meu Sonho Era Escrever, Escrevi chega ao fim no dia 30 de julho, promovendo encontros gratuitos com leituras e debates sobre a criação de monólogos, quais são suas delícias e dificuldades e como, mesmo estando só em cena, o ator precisa tanto dos outros profissionais para compor a obra, enfatizando o quando o teatro é coletivo.

Verdadeira febre nos circos e parques de diversões em todo o território nacional nos anos 1960/70, e ainda presente em alguns recônditos do imenso Brasil, Monga, a mulher gorila, é o mote do espetáculo A Monga e Eu, de Marcello Barranco – também o protagonista – e Djalma Lima – que assina a direção, um mergulho no universo pessoal de um ator de meia idade que começa a peça admitindo que acordou para a vida e decidiu parar de fazer teatro depois de mais de 20 anos para se tornar massoterapeuta. “Só depois de me realizar trabalhando com massagens é que percebi como os dois lados da Monga me traduzem. Hoje sou mulher e gorila, criador e realizador, ator e massoterapeuta”, conta Marcello Barranco. Sábado, 29, e domingo, 30, às 17h.

Na sexta-feira, dia 28, às 19h, a Mostra recebe Madame e a Faca Cegado Núcleo Alvenaria, com texto e direção de Tati Bueno e Alexandra DaMatta no elenco, texto livremente inspirado em um trecho do livro Os Componentes da Banda, de Adélia Prado. Criado durante a pandemia, estreou originalmente no formato on-line. A cebola e sua falta de íntimo, narrada por Adélia, foi o ponto de partida para a peça. No texto, Anísia se torna Madame, representação de todas as “madames” que vivem essa realidade de Instagram, que só́ utilizam canudinhos reutilizáveis, com discursos feministas sempre na ponta da língua, e que ajudam a todas as outras mulheres entenderem que essa vida não é real, que não há vida perfeita. A obra ainda aborda sutilmente os relacionamentos tóxicos e abusivos e mostra a libertação catártica de Vera quando ela identifica seu verdadeiro algoz. Apesar de falar sob a ótica de relacionamentos homossexuais, a questão do gênero não é levantada em momento algum, os relacionamentos abordados poderiam ser heteronormativos. A ideia não é fazer uma peça sobre um universo específico e sim trazer à pauta a busca da própria voz, a libertação das relações opressoras, fazendo uma reflexão sobre essa busca da felicidade imposta que não é real, trazendo para a cena a representatividade lésbica.

Yo Mujer Negra, em única apresentação no dia 27 de julho, quinta-feira, às 19h, é um espetáculo composto por poesias teatralizadas e canções que falam sobre ser uma mulher negra numa sociedade cheia de preconceitos. A atriz Kelly Lua, brasileira radicada na Espanha, compartilha suas experiências e nos fala do racismo, da sexualidade, da imigração, identidade e a necessidade de conhecer as próprias origens afrodescendentes, visto que a história se esforçou para apagar todos os seus vestígios. Após a apresentação, a atriz abre uma conversa com o público para ouvir e ampliar a discussão. “Minha voz não pode mais permanecer em silêncio. Sei que não estou sozinha porque meu choro é universal. Minha música é uma busca eterna.”

Na quarta-feira, 26/06, às 19h, Rodolfo Lima, criador do Núcleo Teatro do Indivíduo, fará uma breve retrospectiva de seus trabalhos em mais de 20 anos atuando em monólogos. O ator, jornalista e diretor apresentará trechos de seus textos e falará da experiência em trabalhar com esse formato.

SERVIÇO:

Mostra Solos Sim. Sozinhos nunca!

Teatro de Arena Eugênio Kusnet

End.: Rua Teodoro Baima, 94 – Vila Buarque

Capacidade: 90 lugares

Indicação: 12 anos

Até 30 de julho

De quarta a sexta, às 19h00

Sábados e Domingos, às 17h00

Ingressos: R$ 40,00 (Inteira), R$ 20,00 (Meia) e R$ 80,00 (Valor de Apoiador do Teatro)

Bilheteria aberta 1 hora antes dos espetáculos

Sympla: www.sympla.com.br/produtor/mostrasolossim

PROGRAMAÇÃO:

A MONGA E EU

29 e 30 de julho, sábado e domingo, às 17h

Duração: 60 minutos.

Atuação: Marcello Barranco

Direção: Djalma Lima

Texto: Marcello Barranco e Djalma Lima

MADAME E A FACA CEGA

28 de julho, sexta-feira, às 19h

Duração: 50 minutos

Atuação: Alexandra DaMatta

Texto e Direção: Tati Bueno

YO MUJER NEGRA

Dia 27 de julho, quinta às 19h

Duração: 50 minutos

Atuação, texto e direção: Kelly Lua

Teatro – Fica a dica das Peças que vão encerrar as Temporadas

Encerramento das peças em cartaz

VINGANÇA O MUSICAL – Em cartaz no Teatro Raul Cortez – encerra temporada dia 21 de agosto

AMOR POR ANEXINS – Em cartaz no Teatro Eva Herz – encerra temporada dia 21 de agosto

ASSASSINATO PARA DOIS – Em cartaz no Teatro Raul Cortez – encerra temporada no dia 28 de agosto

LONGA JORNADA NOITE ADENTRO – Em cartaz no Teatro Tucarena – encerra temporada dia 04 de setembro

A VELA – Em cartaz no Teatro UOL – Encerra temporada dia 04 de setembro e retorna para o Teatro UOL DIA 17 setembro até o dia 02 de outubro – Sábado 22h e domingo 20h. 

Peça clássica de Mauro Rasi, A Dama do Cerrado ganha nova montagem 

A comédia de humor ácido A Dama do Cerrado, escrita em 1996 por Mauro Rasi (1949 – 2003) especialmente para a atriz Susana Vieira, é um dos textos notáveis do dramaturgo paulista. Além da premiada montagem com Susana Vieira, a peça também teve versão para os palcos com Eliane Giardini. Dessa vez, a história de Leda Florin será a primeira peça montada pela Cia Kikinico, criada por Benito Risi, que também está no elenco interpretando Fúlvio ao lado de Lia Oliveira (Leda Florin), Daniel Maschiari (Eládio) e Pat Albuquerque (Maria Celina Medeiros). A direção e adaptação são de Tom Dupim. A montagem fica em cartaz a partir do dia 2 de julho, sábado, 21h, no Teatro Commune.

Misturando humor escrachado com um thriller de jogos de poder, corrupção, drogas e sexo,A Dama do Cerrado satiriza os bastidores políticos de Brasília. A ideia da companhia foi a de adaptar o texto de Rasi sem comprometer sua ideia original, mantendo nos personagens a mesma gênese e papel social previstos no texto de 1986.

No enredo, a ex-miss Goiás Leda Florin passa por um momento decadente de sua vida e vai até o salão de um antigo amigo e confidente, Fúlvio, para dar um up no visual. Sua ideia é subir novamente à rampa do Planalto para expor os negócios escusos e mazelas dos poderosos, principalmente daquele que a rejeitou após assumir um cargo de ministro. Seu ressentimento se soma ao desejo de vingança contra um ex-amante poderoso que garantia benefícios e regalias.

Neste encontro com Fúlvio, o cabeleireiro lhe confidencia sua vida solitária e conflituosa, inclusive seu romance com um soldado da guarda-presidencial e também seus próprios ressentimentos com as pessoas públicas da classe social que Leda pretende voltar a pertencer. 

“Ambientada na década de 80, o texto de Mauro Rasi é de uma atualidade impressionante e ainda hoje dialoga em grande estilo com o cenário político do país. Tom Dupim traz uma Leda Florin negra e empoderada, apesar de decadente, e um Fúlvio tão humano quanto vencedor, representando a volta por cima da comunidade LGBTQIA+”, diz Benito Risi.

Com cenas ácidas e tragicômicas, a peça é uma reverência ao autor Mauro Rasi, que trouxe por meio desse texto uma forma original de dialogar com a população sobre os problemas sociais criados pela classe política quando esta prioriza o benefício próprio em vez do trabalho a favor do povo. 

A obra foi a escolhida para inaugurar a Cia Kikinico justamente pelo seu apelo público e relação imediata que causa com o público, dado que o contexto político da época ainda reverbera muito nos dias de hoje. A companhia é uma junção função de artistas formados nas oficinas de teatro de Nilton Travesso e de Wolf Maya.

Sinopse sugerida
A peça mistura o humor escrachado a um thriller de jogos de poder, corrupção, drogas e sexo. No enredo, acompanhamos a história de Leda Florim, ex miss Goiás, agora em fase decadente, que depois de 20 anos volta ao salão de cabeleireiro de um antigo amigo e confidente, para dar up no visual, pois pretende subir novamente a rampa do Planalto para expor as falcatruas dos poderosos de Brasília que a exploraram. Porém, entre os espelhos de um humilde salão, as vidas que ali se refletem podem se revelar tão cômicas quanto sórdidas.

Sobre a Cia Kikinico
A Cia Kikinico é um projeto independente dirigido por Benito Risi (Pseudônimo de Lucio Risi) e tem por objetivo principal transformar o projeto em uma companhia de pesquisa. produção teatral e cinematográfica, sendo A Dama do Cerrado o espetáculo de estreia da proposta companhia, tendo Benito Risi também à frente da produção. 

Ficha Técnica
A Dama do Cerrado
Texto livremente adaptado do original A Dama do Cerrado, de Mauro Rasi (1986)

Produção: Benito Risi (Cia Kikinico)
Texto: Mauro Rasi
Adaptação e direção: Tom Dupim
Elenco: Lia Oliveira (Leda Florin), Benito Risi (Fulvio), Daniel Maschiari (Eládio), Pat Albuquerque (Maria Celina Medeiros) e J. Adolpho (Eládio – Stand-in)
Preparação de atores: André Grecco 
Sonoplastia e operação de som: Samuel Gambini
Iluminação e operação de luz: Jean Marcel 
Cenografia: Jean Marcel, Benito Risi
Adereços: Cia Kikinico
Figurinos: Cia Kikinico
Arte e Design: Clarissa Eulali
Mídia Social: Helenice Pereira 
Fotografia: Renan Katayama, Jefferson Oliveira
Arranjo musical: Mauro Souza 
Digital Influencer: Bruna Aiiso 

Apoiadores
Oficina de Atores Nilton Travesso 
Permita-se Brechó
Polo Cultural Educação e Arte 
MonteSanto Semijóias
4let Homes 
Pas de Deux
SBAT São Paulo
Lohan Coiffure

Serviço
De 2 a 31 de julho de 2022, sábados, às 21h; e domingos, às 19h
Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). À venda pela SymplaSampa Ingressos ou na bilheteria do Teatro Commune, que funciona 1 hora antes do início do espetáculo.
Local: Teatro Commune| Endereço: R. da Consolação, 1218 – Consolação
Capacidade: 84 lugares e 1 lugar para cadeirante
Duração: 90 min
Classificação indicativa: 14 anos
Telefones para contato: (11) 3476-0792 / 3476-8669 |(11) 98867-2218
Informações: E-mail Instagram

Dirigida por Antônio Januzelli (Janô), ‘Vagaluz’ reflete sobre a memória e estreia no Sesc Pompeia em fevereiro

divulgação

Em tempos tão imediatistas, que valorizam o descartável e o instantâneo, ‘Vagaluz’ propõe um mergulho no universo da memória. Com estreia marcada para hoje, às 21h30, no Espaço Cênico do Sesc Pompeia, a peça segue em temporada até 1º de março, com sessões às quintas, às sextas e aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 18h30.

Na montagem, um casal de atores relembra fragmentos de vida que ora parecem ter sido vividos, ora ouvidos de quem viveu ou até mesmo uma memória inventada. Essas memórias ganham a cena, assemelhando-se aos nossos atos de pensar e sentir, que surgem de forma aleatória, muitas vezes por meio de conexões não-lineares de espaço-tempo, como reverberações do que acontece dentro e fora de nós.

“São pequenos pedaços de memórias que, talvez… nem fossem narradas, mas… que, por algum motivo, estavam guardadas. Essa lembrança comum faz as pessoas (que assistem) invocarem e passearem por suas próprias recordações”, conta Lídia. Assim, o espectador complementa a dramaturgia criada em parceria pelos atores e o diretor. “A história contada… ou… as histórias contadas só fazem sentido com as histórias de quem assiste” emenda Edgar.

Assim, todos os elementos em Vagaluz estão a serviço da atuação. Um cenário minimalista, composto apenas por duas cadeiras, um figurino básico que remete aos trajes de ensaio e uma luz simples só para acolher as memórias e ambientá-las. E os intérpretes alternam-se em solos distintos, mantendo-se sempre conectados e cúmplices na composição do imaginário.

A construção desse trabalho foi instigada por uma perda na família dos atores, seguida pelo questionamento das crianças que só ouviam como explicação o silêncio. A quebra cada vez mais constante do silêncio trouxe o luto e então o escavar de dores… e, finalmente, a procura daquilo que permanece: as memórias. “Daí, surgiu uma ‘Vagaluz’ a nos guiar”, diz a atriz.

SERVIÇO

VAGALUZ, DE ANTÔNIO JANUZELLI, EDGAR CAMPOS E LÍDIA ENGELBERG

Espaço Cênico do Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Água Branca

Temporada: de 6 de fevereiro a 1º de março de 2020

De quinta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 18h30

Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 9 (credencial plena)

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Capacidade: 40 lugares

Inspirada em filmes de Ingmar Bergman, a peça imersiva ‘As Palavras da Nossa Casa’ é encenada em diferentes cômodos da Casa das Rosas

Foto:Hermani Rocha

O Núcleo Teatro de Imersão estreia a peça imersiva e itinerante “As Palavras da Nossa Casa”, livremente inspirada em obras do cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007), no dia 17 de janeiro de 2020, na Casa das Rosas, da Rede de Museus-Casas Literários da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis. Sem separação entre palco e plateia, a ideia é que o público seja conduzido por diferentes cômodos dessa mansão histórica na Avenida Paulista para acompanhar a história. A temporada segue até 27 de março(totalizando 20 apresentações), com sessões duplas às sextas-feiras, às 18h30 e às 20h. Os ingressos custam até R$60.

A dramaturgia da peça foi escrita por Adriana Câmara, que também assina a direção, e Glau Gurgel a partir de vários filmes de Bergman. “A principal referência é o ‘Sonata de Outono’ (1978), que tem uma personagem a mais. Fomos reduzindo os personagens, situações e a quantidade de espaços para poder fazer na Casa das Rosas. Mas também fazemos referências a ‘Morangos Silvestres’ (1957), ‘Através do Espelho’ (1961) e ‘Gritos e Sussurros’ (1972). O espetáculo tem elementos de vários longas dele”, revela a diretora.

Situada nos anos de 1960, a trama narra a visita da famosa cantora lírica Charlote (interpretada pela atriz Gizelle Menon) ao casarão que sua filha única, Eva (Adriana Câmara), divide com o marido Victor (Glau Gurgel), que é um pastor presbiteriano. As duas, que não se vêm há bastante tempo, tentam se reaproximar e resolver questões dolorosas do passado, como o fato de que a filha precisou lidar com a perda de seu único filho, enquanto a mãe tentava administrar as demandas de sua carreira internacional.

Os espectadores assistem a tudo isso acomodados em cadeiras espalhadas pelos diferentes cômodos da Casa das Rosas, como se estivessem mesmo na residência das personagens, e são obrigados pela própria cena a mudar de ambiente. “Pensamos em fazer a peça para a Casa das Rosas, que foi moldando totalmente a encenação. Nesse tipo de teatro, temos que fazer tudo pensando em um espaço, porque se mudamos de lugar, temos que trocar, por exemplo, todas as marcações”, revela Adriana sobre o processo criativo.

SERVIÇO

AS PALAVRAS DE NOSSA CASA, DO NÚCLEO TEATRO DE IMERSÃO

Casa das Rosas – Avenida Paulista, 37, Bela Vista

Temporada: de 17 de janeiro a 27 de março de 2020 (exceto dia 21/2)

Às sextas-feiras, às 18h30 e às 20h

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$30 (meia-entrada) Vendas online: https://www.sympla.com.br/nucleoteatrodeimersao

*Venda de ingressos no local da apresentação é realizada apenas 30 minutos antes de cada sessão

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Capacidade: 30 lugares

Gênero: Drama Imersivo Site: https://www.nucleoteatrodeimersao.com/

Redes sociais: @nucleoteatrodeimersao

O CAMAREIRO -De Ronald Harwood e direção Ulysses Cruz

Curta temporada em 2020, de sexta a domingo, no Teatro FAAP

Tarcisio Meira volta a encenar comovente texto sobre o universo teatral, sob direção de Ulysses Cruz

O Camareiro é uma das peças mais celebradas e montadas em todo o mundo. Esta remontagem da premiada produção de 2015 é um olhar fiel sobre a intimidade daqueles que devotam suas vidas aos bastidores e camarins dos teatros e se dedicam com paixão a manter viva a chama da arte e da civilidade humana. Com delicadeza, sensibilidade e uma grande dose de bom humor, o comovente texto de Harwood é uma homenagem a todos aqueles que dedicam suas vidas para que o teatro continue a existir.

Durante a segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, um ator de teatro à beira de um colapso nervoso luta no limite de suas forças para interpretar mais uma vez o Rei Lear de Shakespeare. Mesmo senil e com sua saúde debilitada, o “Sir”, como é chamado por todos, lidera com tirania sua companhia, que começa a desmoronar.

Ele conta com Norman, seu dedicado camareiro, que desdobra-se para atender às exigências de seu patrão, cuida de sua saúde e tenta ajudá-lo a lembrar suas falas, já que o senhor encontra-se confuso e desorientado. A dedicação e o esforço de Norman, que faz qualquer coisa para este homem que ele aprendeu a amar e respeitar, mostra que existe uma forte ligação entre eles e que ambos, ator e camareiro, são servidores de algo maior que eles mesmos: o teatro.

Ao contar o drama de uma companhia de teatro esfacelada pela guerra, o autor britânico Ronald Harwood, cria uma metáfora sobre a dificuldade de se fazer escolhas, sobre continuar ou desistir, cumprir sua missão ou desertar. Fala sobre dedicação, devoção, paixão e mostra o avesso do teatro, seus bastidores e sua intimidade.

Teatro FAAP (486 lugares)

Rua Alagoas, 903 – Higienópolis.

Informações e Vendas: 3662.7233 e 3662.7234. Vendas: faap.br/teatro

Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 20h. Domingo das 14h às 17h.

Aceita cartão de débito e crédito: Visa, Master ou Dinners. Não aceita cheque.

Estacionamento gratuito, com vagas limitadas. Acesso para deficiente. Ar-condicionado.

Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 18h

Ingressos:

R$ 100 e R$ 120

Duração: 120 minutos, com intervalo

Classificação: 12 anos

Gênero: Drama

Estreou dia 04 de Setembro de 2015

Temporada 2020: de 10 de janeiro até 02 de fevereiro

SAMBA FUTEBOL CLUBE Um musical de Gustavo Gasparani Direção musical Nando Duarte

Estreia dia 08 de novembro no Teatro Unimed

Finalmente em São Paulo o espetáculo que conta e canta a relação da Música Popular Brasileira com o Futebol, entrelaçando músicas de Pixinguinha a Skank, com textos e crônicas de Nelson Rodrigues a Carlos Drummond de Andrade

Com roteiro e direção de Gustavo Gasparani, o musical Samba Futebol Clube une duas paixões brasileiras: a música e o futebol. Espetáculo multimídia, que estreou no Rio de Janeiro em 2014, mistura música, teatro, dança e vídeo. Samba Futebol Clube foi montado no Centro Cultural Banco do Brasil RJ como o principal evento de artes cênicas do ano da Copa do Mundo no Brasil e foi o mais premiado espetáculo carioca naquele ano: 40 indicações e 10 prêmios no total. Ganhou dois Prêmios Shell nas categorias “ator” (por todo o elenco) e “direção musical”, após seis indicações. Recebeu ainda dois Prêmios Cesgranrio como “melhor diretor” e “melhor coreógrafo”, com também seis indicações. Por fim, recebeu dois Prêmios APTR, por “melhor autor” e “melhor espetáculo”, dois prêmios Reverência, nas categorias “diretor” e “ator” (por todo o elenco) e dois Prêmios Botequim Cultural nas categorias de “melhor autor” e “melhor diretor”. Além da temporada no CCBB, o projeto também esteve em cartaz nos Teatros Carlos Gomes e Leblon, no Rio de Janeiro, e participou do Festival de Curitiba e Festival de Inverno do Sesc, em Friburgo. Em 2018, espetáculo realizou uma turnê pelas cidades de Brasília, Goiânia e Cuiabá, com patrocínio da Petrobras.

Em cena oito atores/músicos, apaixonados por futebol, formam um time de jogadores e torcedores que se revezam numa narrativa dramático-musical enquanto tocam todos os instrumentos, ao vivo, como parte da encenação. Este mesmo elenco também fez os musicais “Gilberto Gil – Aquele Abraço” e “Bem Sertanejo”, ambos com texto e direção de Gustavo Gasparani, e juntos formam um coletivo de teatro há 6 anos.

O roteiro traz o quê de música e poesia que o futebol nos deu. Retrata sua ligação com a MPB, a partir do samba, e une citações de textos e crônicas sobre o tema de José Lins do Rego, Paulo Mendes Campos, Armando Nogueira, Nelson Rodrigues, Carlos Drummond de Andrade e Ferreira Gullar. As canções ora são cantadas, ora são ditas como texto, criando, assim, um diálogo entre as letras e os textos destes mestres. As histórias sobre o futebol vão sendo contadas, acompanhando a linha evolutiva da música brasileira, começando por “Um a Zero” de Pixinguinha, passando por outros clássicos memoráveis como “Touradas em Madri” (Braguinha/Alberto Ribeiro), “Praia e Sol (Maracanã Futebol)” (Bebeto/Adilson Silva), “Na Cadência do Samba” (Luís Bandeira), “Fio Maravilha” (Jorge Benjor), “Samba do Ziriguidum” (Jadir de Castro/Luis Bittencourt), “Povo Feliz (Voa Canarinho) (Memeco/ Nonô)”, “Pra Frente Brasil” (Miguel Gustavo) e “Aqui é o País do Futebol” (Milton Nascimento/Fernando Brant), num total de 42 canções. Para a temporada de São Paulo, foram incluídos um samba de Adoniran Barbosa e outro de Germano Mathias, além da adaptação em relação aos times: Corinthians x Palmeiras aqui terão maior destaque do que o clássico Fla x Flu que embalou a temporada carioca.

Utilizando elementos do jogo, da música brasileira e da dança do futebol, o espetáculo traz vídeos com tratamento pop – numa mistura de linguagens e imagens de jogadores e jogadas importantes – que ilustram as histórias entrelaçadas por músicas e textos. O samba, que é a base da nossa música, está lá, mas nos leva à bossa-nova, ao choro e ao rock, ao sertanejo universitário e até ao hip hop.

A direção de movimento, assinada por Renato Vieira, parte dos gestos dos próprios jogadores e torcedores, transpondo e recriando este balé popular tão familiar aos brasileiros para as dimensões do teatro musical. O maestro é Nando Duarte, diretor musical de vários espetáculos de Gasparani.

SAMBA FUTEBOL CLUBE

TEATRO UNIMED (223 lugares)

Alameda Santos, 2159 – Jardim Paulista

Bilheteria: De quinta a sábado, das 13h30 às 21h30. Domingos das 10h30 às 18h30 Vendas: http://www.eventim.com.br e (11) 4020.0084

Quinta, sexta e sábado às 21h | Domingo às 18h

Ingressos:

R$ 100 (plateia) | 50 (balcão)

*Apresentações com Libras toda quinta, dias 14, 21 e 28 de novembro*

Duração: 120 minutos

Classificação: 12 anos

Gênero: musical

Estreia dia 08 de novembro de 2019

Temporada: até 01 de dezembro

Tarcísio Meira e Cassio Scapin em O CAMAREIRO

De Ronald Harwood
 
Direção Ulysses Cruz
 
Com Sylvio Zilber, Lara Córdulla, Karen Coelho, Angela Barros e Marcos Azevedo
 
A partir de 25 de outubro no Teatro FAAP
 
Após 4 anos, Tarcisio Meira volta a encenar comovente texto sobre o universo teatral, sob direção de Ulysses Cruz

O Camareiro é uma das peças mais celebradas e montadas em todo o mundo. Esta remontagem da premiada produção de 2015 é um olhar fiel sobre a intimidade daqueles que devotam suas vidas aos bastidores e camarins dos teatros e se dedicam com paixão a manter viva a chama da arte e da civilidade humana. Com delicadeza, sensibilidade e uma grande dose de bom humor, o comovente texto de Harwood é uma homenagem a todos aqueles que dedicam suas vidas para que o teatro continue a existir.
 
Durante a segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, um ator de teatro à beira de um colapso nervoso luta no limite de suas forças para interpretar mais uma vez o Rei Lear de Shakespeare. Mesmo senil e com sua saúde debilitada, o “Sir”, como é chamado por todos, lidera com tirania sua companhia, que começa a desmoronar.
 
Ele conta com Norman, seu dedicado camareiro, que desdobra-se para atender às exigências de seu patrão, cuida de sua saúde e tenta ajudá-lo a lembrar suas falas, já que o senhor encontra-se confuso e desorientado. A dedicação e o esforço de Norman, que faz qualquer coisa para este homem que ele aprendeu a amar e respeitar, mostra que existe uma forte ligação entre eles e que ambos, ator e camareiro, são servidores de algo maior que eles mesmos: o teatro.
 
Ao contar o drama de uma companhia de teatro esfacelada pela guerra, o autor britânico Ronald Harwood, cria uma metáfora sobre a dificuldade de se fazer escolhas, sobre continuar ou desistir, cumprir sua missão ou desertar. Fala sobre dedicação, devoção, paixão e mostra o avesso do teatro, seus bastidores e sua intimidade.
  
O CAMAREIRO
Teatro FAAP (486 lugares)
Rua Alagoas, 903 – Higienópolis.
Informações e Vendas: 3662.7233 e 3662.7234.
Vendas: faap.br/teatro
Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 20h. Domingo das 14h às 17h.
Aceita cartão de débito e crédito: Visa, Master ou Dinners. Não aceita cheque.
Estacionamento gratuito, com vagas limitadas. Acesso para deficiente. Ar-condicionado.
 
Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 18h
 
Ingressos:
 
R$ 100 e R$ 120
 
**Não haverá apresentação nos dias 22,23,24,29,30 de novembro e 01 de dezembro**
 
Duração: 120 minutos, com intervalo
Classificação: 12 anos
Gênero: Drama